Valdivio Dias Moreira, o Fé em Deus, não está mais entre os castanheirenses. Sua morte aconteceu nestas segunda, depois de difícil luta contra um câncer. 1a5p1w
“Ô véio cadê você?” O “Seo” José Vicente, morador na casa de nº 416, na Rua João Brasil, não ouvirá mais, do outro lado do muro, a voz vizinho Valdívio Dias Moreira, para um contato rotineiro, de muitos anos, que incluía muita prosa e risadas.
Conhecido por muitos como “Fé em Deus”, nome de seu Sítio na linha 01, na zona rural de Castanheira, Valdivio faleceu em casa, às 08 horas desta segunda-feira, 24, rodeado por familiares.
Eles destacam que as reuniões familiares e o dia a dia, a partir desta data, não serão mais os mesmos. E até as fugidinhas, de vez em quando, para Juína, onde gostava de visitar o Pascoalotto.
Se muitos qualificativos dimensionam a história de um homem, ele não será esquecido, tanto pelos momentos bons como pela maneira de enfrentar as tristezas, como a morte de uma filha, a querida professora Aleuda, que dá nome a uma das ruas de Castanheira, e de um dos netos, Ricardo, em 2021.
Provedor, sempre preocupado com a família, era visto como um Paizão, avô e bisavô carinhoso, se doando constantemente por todos e se alegrando com cada conquista. Para o vizinho José, um grande amigo. "Sempre trazia algum agrado da roça", lembra.
Mas, as lembranças não param por aí. “Era apaixonado pelas lidas na roça, como dizem os capixabas”, destacam os filhos do pai pecuarista, ressaltando também que gostava muito de pescar e de política, incorporando o tema nas saídas diárias para bater papo com os amigos. De outros gostos, apreciava buchada, mocotó e fazer churrasco com a família.
Mas, de tudo quanto foi e fez, familiares lembram que a sua decisão de abraçar definitivamente a fé, sendo batizado na Igreja Adventista do 7º Dia, antes da luta contra um câncer, em março de 2021, tem maior relevância, pela certeza de uma eternidade com Deus.
Valdívio Dias Moreira era mineiro de Pedra Azul, onde nasceu em 23 de abril de 1938. Antes de chegar em Castanheira, em 13 de junho de 1992 viveu muito tempo no Espírito Santo e Pará. Com a esposa, Maria José Silva Moreira, teve cinco filhos, que lhe deram 10 netos. Deixa quatro bisnetos.
Seu corpo está sendo velado na Igreja Adventista do 7º Dia, na Rua Padre Ezequiel Ramin, 233, no Bairro Santa Rita e o sepultamento está marcado para às 18 horas. Antes, haverá um culto de gratidão por sua vida e história.
